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domingo, 6 de agosto de 2017

Um americano chamado Severino?


Ciduca Barros

Quem não tem ou nunca teve um apelido?  
O brasileiro é pródigo em apelidar pessoas, animais e até coisas inanimadas. 
No nosso país, ninguém gosta tanto de apelidos quanto o povo nordestino. 
Aliás, parece-me que o apelido é uma instituição mundial, pois no mundo todo ele é utilizado. 
Há algum tempo, morou em Natal um americano, pastor evangélico, de nome Willians Branda, pessoa que se adaptou rapidamente aos nossos costumes, e que era largamente conhecido como Pastor Bill (*).  
Certa feita ele contratou um pedreiro natural do Seridó para realizar um serviço em sua casa. 
Durante a realização das obras, o pedreiro sempre o tratava por Pastor Severino.   
Depois de ouvir, mais de uma vez, o profissional o chamar de Severino, o Pastor Bill o corrigiu: 
– O senhor pode me tratar de Bill. 
– Absolutamente, seu Severino. Biu (**) é apelido e eu não sei chamar ninguém pelo apelido, pois é falta de educação.  

(*) Bill, nos Estados Unidos, é a alcunha de Willians.  
(**) Biu, no Seridó, é o apelido de Severino.  

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