Ciduca Barros
Quem não tem ou nunca teve um apelido?
O brasileiro é pródigo em apelidar pessoas, animais e até coisas inanimadas.
No nosso país, ninguém gosta tanto de apelidos quanto o povo nordestino.
Aliás, parece-me que o apelido é uma instituição mundial, pois no mundo todo ele é utilizado.
Há algum tempo, morou em Natal um americano, pastor evangélico, de nome Willians Branda, pessoa que se adaptou rapidamente aos nossos costumes, e que era largamente conhecido como Pastor Bill (*).
Certa feita ele contratou um pedreiro natural do Seridó para realizar um serviço em sua casa.
Durante a realização das obras, o pedreiro sempre o tratava por Pastor Severino.
Depois de ouvir, mais de uma vez, o profissional o chamar de Severino, o Pastor Bill o corrigiu:
– O senhor pode me tratar de Bill.
– Absolutamente, seu Severino. Biu (**) é apelido e eu não sei chamar ninguém pelo apelido, pois é falta de educação.
(*) Bill, nos Estados Unidos, é a alcunha de Willians.
(**) Biu, no Seridó, é o apelido de Severino.
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